O governo brasileiro agiu para tentar evitar que cidadãos ucranianos que vivem em Portugal se unam a apoiadores da extrema-direita na manifestação marcadas para 25 de abril contra o presidente Luiz Inácio lula da Silva, que está em visita oficial de Estado ao país europeu. O protesto está sendo organizado pelo partido Chega, sob o comando do deputado André Ventura, aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, integrantes da Associação de Ucranianos asseguraram que não vão aderir ao movimento.
Macedo se reuniu, nesta sexta-feira (21/4), com os ucranianos na sede da Embaixada do Brasil em Lisboa. Segundo ele, em nenhum momento, os participantes do encontro mostraram contrariedade em relação ao líder brasileiro. "Não vi nenhuma animosidade no encontro. Pelo contrário, a reunião foi muito boa", disse. Ao longo da semana, contudo, a associação deu fortes demonstrações de que estava disposta a ir às ruas contra Lula depois das declarações dele de que a Ucrânia era tão culpada quanto a Rússia pela guerra entre os dois países que já dura mais de um ano
"Acho que houve uma interpretação errada do que pensa o presidente Lula. Todos sabem que a vocação dele é pela paz, e, historicamente, o Brasil sempre mantém a sua posição de neutralidade, não se posiciona de um lado nem do outro", assinalou o ministro. E acrescentou: Se o Brasil tomar partido de um lado ou de outro, perde a autoridade política de buscar, com outros países, um caminho para a paz. Essa é a tradição do país".
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